Espetáculo Kaza faz 03 apresentações na Regional do Boqueirão, em Curitiba, todas de acesso gratuito, através de projeto viabilizado pelo Fundo Municipal de Cultura de Curitiba.
quinta-feira, 25 de julho de 2019
quarta-feira, 26 de junho de 2019
Inspiração e informação para seguirmos nossa jornada fazendo o espetáculo Kaza
A crise dos refugiados imortalizada para sempre no fundo do mar
A crise dos refugiados imortalizada para sempre no fundo do mar
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
Kaza no Rio de Janeiro
Aconteceu, no dia 28 de junho, a apresentação do espetáculo KAZA no projeto Venturas, da Escola Sesc de Ensino Médio, no Rio de Janeiro.
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Release por Glaucia Domingos e equipe
KAZA
Solo de Fabiana Ferreira da Tecer Teatro provoca reflexão sobre o drama
dos refugiados.
E se, de repente, você
fosse obrigado a fugir do seu país, deixando para trás sua casa, sua família,
levando apenas os pertences que consegue carregar? E se você não tivesse para
onde ir? E se chegasse a um lugar onde ninguém consegue entender o que você
fala, sente? Infelizmente, essa é a realidade de milhões de pessoas no mundo. A
cada três segundos uma pessoa passa
por situações similares, por causa de conflitos econômicos, políticos e
sociais. Vivemos atualmente a mais grave crise de refugiados desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945. De acordo com
a ONU (Organização das Nações Unidas) são 75,6 milhões de pessoas fugindo de guerras, violência ou perseguição.
Desse número de imigrantes 22,5 milhões são refugiados.
Pessoas
em situações de extrema adversidade como essas que perdem tudo, mas que, mesmo
em meio ao caos, seguem lutando para manter a esperança e a dignidade
inspiraram a criação do mais novo espetáculo da Tecer Teatro de Curitiba. “KAZA
não trata apenas de situações de guerra ou de exílio. É sobre ter que partir,
sobre perdas e suas consequências, em como sobreviver a essas experiências.
Perder a família, um filho, a terra, a cultura. Ser obrigado a deixar seu país,
sua cidade, a língua natal, o emprego, a casa. Sua história, seu passado e tudo
o que nos representa. Os planos para o futuro, o sonho e a esperança. Perder o
chão, perder o norte. Sobre morrer e renascer. Ou morrer em vida”, conta a
diretora Cristine Conde.
O
solo interpretado pela atriz Fabiana Ferreira, estreia dia 17 de março (sábado), às 20h, no Espaço Excêntrico (Mauro
Zanatta). A temporada segue até dia 08 de abril, sempre aos sábados e domingos,
às 20h. Além das apresentações abertas, o projeto prevê 12 apresentações
gratuitas, desde que agendadas previamente, voltadas para público de escolas da
rede pública, entidades assistenciais, pessoas com necessidades especiais,
imigrantes, alunos de artes, entre outros.
Kaza aborda também a questão
da incomunicabilidade. “A língua materna é a substância de que é feita a nossa
alma”, diz Paulo Leminski, no posfácio de “O Inominável”, de S. Beckett, obra e
autor que, entre outros, serviram como referências ao trabalho. A personagem,
em uma situação de desespero, movida pelo medo e pelo instinto de
sobrevivência, tenta se comunicar, mas não é compreendida, apesar de falar em
11 línguas diferentes, entre elas: português, árabe, corso, alemão, irlandês,
holandês, francês, espanhol e até galês. O texto é curto, não apresenta uma
narrativa, é composto por palavras soltas, de significado universal e de
familiaridade sonora. O som e a palavra ora se manifestam quase como um grito
impossível de conter ora como um lamento. Quem assina o trabalho vocal é Edith
de Camargo. A trilha, a cargo de Tiago Constante, é executada ao vivo e é
companhia no caminho da personagem desde o primeiro dia de ensaio. A forte fisicalidade é uma
característica da Tecer e neste trabalho Airton Rodrigues é o responsável pela
preparação corporal da atriz.
Assim
como os que passam pela experiência de tornar-se de alguma forma refugiado ou
exilado, a personagem alimenta o desejo de voltar para casa, sem saber que, na
verdade, a ruptura com o passado é permanente. “O nome escolhido para o
espetáculo aponta este desejo ampliando seu significado, do micro ao macro
universo, KAZA tem relação com a origem, a alma, a essência, o planeta”, conta
Fabiana que também é a idealizadora e produtora do projeto.
“Minha
personagem é uma sobrevivente, luta pela vida em meio aos mortos, as peças de
roupas que compõem o cenário, assinado também pela diretora, representam essas
pessoas e suas histórias. São como peles com as quais a personagem tenta se
reconstruir. Nossa intenção com este projeto é dar visibilidade para essas
pessoas traumatizadas pelo sofrimento e desespero. Afinal, o que sobra, quando
perdemos tudo o que amamos? Kaza aponta para o caminho da luta e da
transcendência”, finaliza.
Este projeto é uma realização da
Tecer Teatro – Arte, Educação e Cultura e foi incentivado pelo Banco do Brasil
por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
Serviço:
O
quê:
Espetáculo Teatral Kaza
Quando: 17 de março a 08 de
abril (sábados e domingos)
Que horas: 20h
Onde: Espaço Excêntrico (Mauro Zanatta)
Endereço:
Rua
Lamenha Lins, 1429 - Rebouças
Quanto: R$ 10 e R$ 5
(meia-entrada)
Classificação: 14 anos
Duração: 50 minutos
Realização: Tecer Teatro – Arte, Educação e Cultura
Contatos:
Assessoria de Imprensa
Glaucia Domingos
41 99909
7837
Produção
Fabiana Ferreira
41 99243
0322
sábado, 3 de fevereiro de 2018
Sobre o processo de criação do espetáculo Kaza
Desafios. Gosto deles. Aqui nos colocamos alguns: contar uma
história sem palavras, ter como cenário elementos simples que possam ser
levados para qualquer espaço, compor uma trilha original para ser executada ao vivo. Corpo, imagem, som e movimento dando forma a esse espetáculo
para falar sobre êxodo, sobre ter que partir e abandonar tudo, sobre fugir
deixando para trás um mundo em ruínas, sobreviver.
Equipe altamente
profissional. O interesse de todos pela artesania teatral
proporciona um processo gradativo de descobertas obtidas através dos
experimentos diários; tempo prolongado de ensaios. Teremos aproximadamente 73
dias de ensaios em 4 meses. Quase um luxo. O compositor e
músico Tiago Constante se disponibiliza a estar presente durante todo o
processo, em todos os ensaios.
Nós artistas de teatro em geral nos dividimos em várias funções ou trabalhamos em mais
de um projeto ao mesmo tempo para conseguirmos sobreviver. Uma média de 12 horas de trabalho por dia
incluindo sábados e domingos. Não temos direito a férias, 13º salário, aposentadoria, plano
de saúde, auxílio alimentação e por aí vai. E ainda assim somos muitas vezes
vistos como vagabundos. O cidadão desconhece a realidade
do artista brasileiro e o papel que ele desempenha em nossa
sociedade.
Mas voltando ao processo... percebo, enfim, uma conexão entre meu corpo e o processo fisiológico respiratório proporcionando-me um enraizamento e o descanso produtivo de um corpo em “paz”. Essa
descoberta marca o antes e o depois. Incrível o trabalho de preparação vocal de Edith de Camargo.
Estreamos em março, cheios de expectativa com relação a
receptividade do público. Um público que faz parte de uma sociedade cada vez mais ignorante, mantida assim por nossos políticos e seus interesses escusos.
Tempos difíceis para a arte e cultura brasileira onde o retrocesso bate diariamente a nosso porta. Seguimos lutando, fazendo o que sempre fizemos e faremos, firmando, através da arte, nosso pensamento e posição política. Mesmo que o público despreparado e ignorante não queira nada disso.
Tempos difíceis para a arte e cultura brasileira onde o retrocesso bate diariamente a nosso porta. Seguimos lutando, fazendo o que sempre fizemos e faremos, firmando, através da arte, nosso pensamento e posição política. Mesmo que o público despreparado e ignorante não queira nada disso.
domingo, 12 de novembro de 2017
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